Profecias Bíblicas das Dores de Maria Mãe de Jesus

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PROFECIAS BÍBLICAS DAS DORES DE MARIA, MÃE DE JESUS
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A Tradição cristã sempre viu no Antigo Testamento profecias ou analogias sobre a vida de Cristo e sua Mãe, Maria.
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Tomando o Livro das Lamentações, os Cânticos dos Cânticos lembrarei aqui passagens que podem ser atribuídas como se fossem profecias sobre as dores, angustias e soledade da Virgem Maria, Senhora Mãe de Deus e da Igreja, preditas claramente pelo profeta Simeão no Evangelho de São Lucas.
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1- ENTENDENDO O LIVRO DAS LAMENTAÇÕES:
O Livro das Lamentações ( איכה ʾēḫā(h), Eikha ou Eiká, cuja tradução literal é "Como!", ou ainda "Oh!") é um livro que faz parte da subdivisão da Bíblia chamada de Profetas Maiores, nas Bíblias Cristãs, vem depois do Livro de Jeremias e antes do Livro de Ezequiel.
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Livro cuja autoria é tradicionalmente atribuída ao profeta Jeremias, quando com os próprios olhos via a destruição da cidade de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia, por volta do ano 589 a.C.
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São cantos fúnebres que descrevem, de modo doloroso e poético, a destruição de Jerusalém pelos babilônicos em 586 AC, e os acontecimentos que se sucederam a essa catástrofe nacional: fome, sede, matanças, incêndios, saques e exílio forçado (cf. 2Rs 24-25).
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As Lamentações são usadas na Liturgia da Igreja Católica por ocasião da Semana Santa, para lembrar o sofrimento de Jesus.
A tradição popular conservou, durante a procissão da Sexta-feira Santa, no canto da Verônica, um trecho das Lamentações, posto na boca de Jesus: "Vocês todos que passam pelo caminho, olhem e prestem atenção: haverá dor semelhante à minha dor?" (1,12).
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Os judeus recitam o livro no grande jejum que lembra a destruição do Templo de Jerusalém, no dia 9 do quinto mês do Calendário judaico (ab).
2- PASSAGENS BÍBLICAS:
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No Evangelho de São Lucas o profeta Simeão profetizou que a Virgem Maria teria muito que sofrer também no future, por causa dos sofrimentos de seu Filho.
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Dizendo que uma espada transpassaria sua alma, Simeão assinala a união perfeita de amor entre Mãe e Filho, mostrada no Gênesis quando fala da descendência da Mulher (descendência que por excelência é o Cristo, mas também assinala a Virgem Mulher, Maria).
União entre Mãe e Filho também mostrada no ultimo dia da vida de Jesus, quando aos pés de sua cruz estava de pé, o que assinala forca e fé, a Virgem Santa.
União entre Mãe e Filho na luta contra o dragão do mal, o demônio, mostrada por João no Apocalipse ao descrever a Igreja com as características da Mãe do Senhor e sendo coroada Rainha.
No livro das lamentações, vemos muitas passagens que nos falam da Cidade de Jerusalém, mas que nos lembram as dores da Mãe do Senhor.
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Maria aos pés da cruz e ao ver seu Filho morto deve ter se sentido abandonada, assim como seu Filho se sentiu na cruz:
LAM 1,1
Alef. Como está abandonada a cidade tão povoada! Assemelha-se a uma viúva a grande entre as nações. Rainha entre as províncias, ficou sujeita ao tributo.
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Maria, de fato, e a grande entre as nações e a Rainha do universo como nos mostra São João no Apocalipse.
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O Livro das lamentações diz "assemelhando-se a uma viúva", pois sua Mãe sofria de fato como uma viúva sofre, pois já não tinha São José ao seu lado e agora não tinha mais seu único Filho, o que aumentava ainda mais sua sensação de solidão no mundo.
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2". Bet. Ela chora pela noite adentro, lágrimas lhe inundam as faces, ninguém mais a consola de quantos a amavam. Seus amigos todos a traíram, e se tornaram seus inimigos." (Lam 1,2)
Pela noite adentro, Maria chorou a morte de seu Filho na sexta-feira da morte dele e como diz o texto, os amigos de seu Filho que deveriam estar la junto dela aos pés da cruz, o traíram e o abandonaram com medo, só João ficou com ela.
Assim,podemos atribuir a Maria a palavra que diz:
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"16. Ain. Eis o motivo por que choro; fundem-se em lágrimas os meus olhos, porque ninguém a meu lado me consola, nem me alenta. Vivem consternados os meus filhos, porque triunfa o inimigo.
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17. Pe. Sião estende as suas mãos sem que ninguém a console." (Lam 1,16-17)
"19. Cof. Levanta-te à noite; grita ao início de cada vigília; que se derrame teu coração ante a face do Senhor.
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Ergue para ele as mãos, pela vida de teus filhos que caem de inanição, em todos os cantos das ruas." (Lam 2,19)
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Maria chora também pelos filhos que se perdem, pelos Apóstolos que a deixaram só, menos João, e não apoiaram seu Filho no momento em que Ele mais precisava.
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Ainda hoje, Maria chora, como na aparição dela na cidade de Salete, na Franca, pedindo a conversão dos homens que se afastaram de Deus. Maria chora porque seus filhos vivem consternados deixando-se vencer pelo inimigo e suas seduções modernas.
Maria estende, como Sião, para nos suas mãos esperando que nos convertamos e assim consolemos o seu coração e o coração de Deus, tão ofendido pelos homens como ela nos disse em sua aparição em Fátima, Portugal.
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Maria Levanta-se sempre e grita numa vigília eterna; derramando seu coração ante a face do Senhor.
Ergue para ele as mãos, pela vida de seus filhos que caem em pecado (Lam 2, 19) suplicando incansavelmente por nossa conversão, pois pela Virgem nos veio a Graça plena de Deus, o Cristo e por Ela continuamos a receber suas gracas benditas, as graças vindas de seu Filho, Jesus Cristo.
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Como diz a escritura:
"Sade. Seu coração clama ao Senhor. Ó muralha da filha de Sião, transborda dia e noite a torrente de tuas lágrimas! Não te dês descanso, e teus olhos não cessem de chorar!"(Lam 2,18)
Maria não cessou de chorar, sem descanso clamou ao Senhor lembrando seu Filho morto, sofrendo a solidão de sua ausência.
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Hoje, Maria clama ao Senhor sem descanso pelos que seguem e guardam os mandamentos de seu Filho, para que persevere na fé e não se desviem do bom caminho, como também ora junto com todos os Santos, mas de um modo especial como Mãe da Igreja, para que o número dos que devem se salvar se multiplique e chegue a plenitude.
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Mas quem pode consolar uma Mãe da perca de seu Filho?
"Dalet. Estão de luto os caminhos de Sião, e ninguém mais vem às suas festas. Suas portas todas estão desertas, gemem seus sacerdotes, afligem-se as virgens, e ela mesma vive na amargura." (Lam 1,4)
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O tempo que se seguiu sem Cristo, Maria viveu na amargura, de luto, afligindo-se, pois não tinha mais o seu Filho amado junto de si.
Tanta era sua dor, que podia dizer como o trecho abaixo:
"12. Lamed. Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta, a mim que o Senhor feriu no dia de sua ardente cólera." (Lam 1,12)
O Senhor a feriu no dia de sua ardente cólera com uma espada que transpassou sua alma ao ver seu Filho Divino morto na cruz e em seus braços.
Aquele foi o dia da cólera do Senhor, pois os pecados e o castigo que pesava sobre nos foi tomado por Cristo em seu próprio corpo.
Assim, cumpriu-se a palavra " O Senhor esmagou no lagar a virgem, filha de Judá" (Lam 1,15), pois a Virgem Maria foi esmagada pela dor, solidão e amargura.
Em Maria, cumpriu-se a palavra que diz:
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A quem te comparar, filha de Jerusalém? Quem irá salvar-te e consolar-te, ó virgem, filha de Sião? É imensa como o mar tua ruína: quem poderá curar-te?" (Lam 2,13 )
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Nos versículos 15 e 16, temos uma passagem que nos remete aos sofrimentos de Cristo na cruz descritos nos Evangelhos:
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15. Samec. Todos os transeuntes, ao te verem, batem palmas, e assobiando meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém. Eis a cidade da qual diziam ser a beleza perfeita, a alegria do universo.
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16. Pe. Abrem a boca contra ti todos os teus inimigos. Escarnecem e rangem os dentes. Nós destruímos, dizem eles, eis o dia esperado, estamos nele, estamos vendo!
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Nesse trecho, vemos realizar-se os insultos ditos contra Cristo na cruz:
"Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: "Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias,
desça da cruz e salve-se a si mesmo! "
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Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: "Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo."
Marcos 15:29-31
Maria está associada a esse sofrimento de Cristo, pois ao zombar de seu Filho de alguma forma ofendiam sua Mãe.
E se zombavam abertamente e com prazer de Jesus, imagine se não zombaram também de sua Mãe, que diante de sua cruz mostrava apoio e amor ao seu Filho?

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