Converção: EX-SATANISTA CONVERTIDO SE TORNA PROFESSOR E LÍDER CATÓLICO

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David Arias é um líder exemplar entre os católicos do sul da Califórnia. Trabalhando na comunidade hispânica, Arias está envolvido em muitos esforços de evangelização da Diocese de San Bernardino e Arquidiocese de Los Angeles, incluindo o seu apostolado primário, “Profetas da Esperança”, que treina líderes da Igreja na apresentação e defesa da Fé Católica. Quando Arias compartilha a história de sua jornada de fé, no entanto, os ouvintes ficam atordoados ao saber que há 20 anos ele não só era um católico inativo, mas um membro de uma seita satânica.
“O Senhor é poderoso”, diz ele, “e pouco a pouco, com a sua graça, me tornou capaz de mudar.”
Um tempo de horror
Arias, de 40 anos, nasceu na Cidade do México. Aos 16 anos, ele se mudou para a Califórnia com sua família, instalando-se na região do Vale de San Fernando, em Los Angeles. Ele era um “criador de problemas”, segundo diz, e os conflitos com a sua família eram comuns. Ele descreve sua família como “culturalmente católica.”
Sobre amigos na escola – e ele notava que o termo “amigos” – vagamente aparecia no Tabuleiro de Ouija, que participantes usam para contatar tentar contactar espíritos do outro mundo (e muitos líderes católicos, e cristãos em geral, condenam como uma introdução ao demoníaco). Além disso, ele foi convidado para tocar em um cemitério.
Ele recebia muitos convites para festas “underground”, que envolviam promiscuidade e extenso uso de drogas e álcool. Ele foi, então, convidado a se envolver na “Igreja de Satanás.”
Arias define um satanista como “aquele que rejeita, odeia e amaldiçoa a Deus.” Seu grupo particular tinha cerca de 80 membros, incluindo vários “sacerdotes” que exerciam funções. Os rituais e atividades específicas variam de grupo para grupo. Seu grupo se reunia mensalmente para uma “Missa Negra”, uma paródia da Missa católica.
Arias diz que seu grupo mantinha um perfil secreto, já que eles estavam envolvidos em ampla atividade criminosa, incluindo estupro, abuso de drogas e álcool e até assassinato. Ele diz que havia três etapas envolvidas na entrada no culto: 1 – os iniciantes, que apenas observam os rituais, 2 – os mais experientes, que participam de sacrifícios de animais (geralmente com ratos e gatos), e que inclui beber seu sangue pronunciando maldições uns sobre os outros, e 3 – os finalistas, que eram seres humanos sacrificados. Os sacrificados poderiam ser adolescentes fugitivos, ou os bebês de mulheres no grupo que ficavam grávidas.
Arias diz que seu grupo incluía todas as idades (aos 16 anos, ele estava entre os mais jovens) e etnias. Muitos eram “góticos”, pessoas que se vestem de preto, e tingem de negro os cabelos, lábios e ao redor de seus olhos. Outros pareciam perfeitamente respeitáveis e trabalhavam como médicos, advogados e engenheiros.
Os membros estavam sempre à procura de novos recrutas, diz ele. De particular interesse eram as meninas adolescentes, porque elas poderiam ser engravidadas e seus bebês sacrificados. Ele diz: “Os adolescentes estão à procura de algo e estão abertos à experimentação. Era fácil obtê-los, e em seguida, vicia-los em sexo ou drogas.”
O grupo tinha o cuidado de evitar a polícia e ameaçavam matar a qualquer membro que trouxesse a público suas experiências.
Sobre o Diabo
“A doutrina do pecado original, intimamente ligada com a redenção por Cristo, fornece o discernimento lúcido da situação do homem e de sua atividade no mundo. Pelo pecado dos primeiros pais, o Diabo adquiriu uma certa dominação sobre o homem, mesmo que o homem permaneça livre. O pecado original acarreta o ‘cativeiro sob o poder daquele que desde então tinha o poder da morte, o qual é o diabo.” A ignorância do fato de que o homem tem uma natureza ferida, e inclinada para o mal, dá lugar a graves erros nas áreas da educação, da política, das ações sociais e morais. As conseqüências do pecado original e dos pecados pessoais de todos os homens colocam o mundo como um todo na condição pecaminosa adequadamente descrita na expressão de São João, “o pecado do mundo”. Esta expressão também pode se referir à influência negativa exercida sobre as pessoas através de situações comuns e estruturas sociais que são o fruto dos pecados dos homens.
Esta situação dramática de ‘todo o mundo está no poder do maligno “torna a vida do homem uma batalha: “Toda a história do homem tem sido a história do combate severo contra os poderes do mal, e por isso, nosso Senhor nos diz, desde o alvorecer da história até o último dia. O homem se encontra no meio do campo de batalha, onde tem que se esforçar para fazer o que é certo, e com grande custo para si, mas auxiliado pela graça de Deus, ele consegue atingir a sua própria integridade interior.”
Um caminho melhor
Arias esteve envolvido com este grupo por quatro anos. Como Arias se alienou de sua família, que não tinha idéia de que ele fazia parte de uma seita. Mesmo que ele se vestisse estranhamente, “sua família pensaria que era apenas a moda.”
No entanto, Arias se “sentia vazio” interiormente. Ele caminhou passando em frente de uma igreja um dia e, olhando para a sua cruz no alto, ofereceu um desafio a Deus: “Você é capaz de me oferecer algo melhor do que Satanás?”
Fugir do grupo seria difícil, ele disse, “mas o Senhor começou a trabalhar em mim e mudou tudo.”
Arias voltou à igreja, se casou com sua esposa Maria, e hoje, eles tem três filhos. Ele se mudou de San Fernando – para longe de seus antigos companheiros da seita satânica – e hoje trabalha no controle de qualidade de uma grande empresa. Ele usa seu tempo livre para ensinar a outros sobre a Fé Católica, bem como alertar sobre as influências perigosas em nossa cultura.
Ele diz: “Os pais precisam estar cientes do que os seus filhos estão fazendo. Hoje, as crianças têm fácil acesso a muitas coisas que são prejudiciais.”
Influências demoníacas
Depois de quatro anos em uma seita, Arias vê muitos exemplos de influência demoníaca na sociedade. Quanto ao aborto, por exemplo, ele diz: “O maligno quer sacrifícios humanos, e os abortos são sacrifícios”.
Ele observa que um dos membros de sua ex-seita era um abortista.
Algumas músicas populares entre os adolescentes são satânicas, observa ele, e podem levar os jovens ouvintes para longe de Deus. E, embora o Halloween, o Dia das Bruxas, seja um feriado popular entre milhões de americanos, Arias não é nenhum pouco fã dele. Ele diz que é um dia popular para as atividades entre os cultos satânicos.
Um fenômeno recente, que lhe lembra a influência do demônio, segundo diz, é o chamado “knockout game” (jogo do nocaute), no qual adolescentes negros de cidades do interior dão socos em brancos otários e inocentes quando estes passam. Ele diz: “Quem está inspirando esse ódio? Um ser humano normal não faria isso, a influência tem que vir de algum lugar.”
Auxílio espiritual
Em sua própria batalha contra Satanás, Arias diz, que ele vai regularmente à Missa e recebe a Santa Comunhão (mesmo satanistas reconhecem o Corpo de Cristo, observa ele, e gostam de roubar hóstias consagradas para profanarem durante as Missas Negras). Ele faz uso regular da confissão e uma variedade de devoções pessoais, especialmente o Rosário. Ele observa que, “o Rosário é uma arma poderosa. Quando alguém está rezando o Rosário, o mal se aborrece!”
Ele também quer que seus companheiros católicos levem a sério sua fé, então ele dá aulas de educação semanais através de seu apostolado “Profetas da Esperança” em sua paróquia. Ele diz: “Nós precisamos conhecer aquilo em que acreditamos e permanecer em comunhão com Cristo.”
O padre Martin Madero, pároco associado da Igreja Santa Genoveva, na cidade de Panorama, na Califórnia, tem sido um amigo de longa data de Arias e oferece-lhe aconselhamento em seus apostolados. Arias tornou-se um modelo em sua comunidade católica, e ele diz que ele pode ter sido um satanista um dia, mas se converteu. Ele realmente vive a sua Fé Católica, e assim o faz a sua família. Ele é um líder em sua comunidade.
Belem Villasenor, de Long Beach, é uma amiga da família e integra o apostolado “Profetas da Esperança”. Certa vez, ela ministrou um retiro com Arias e ficou “chocada” ao ouvir o seu testemunho pessoal. Ela diz: “Ele tem uma história extraordinária. A graça de Deus pode fazer coisas maravilhosas em nós. Todo mundo fica surpreso ao ouvir sobre o seu passado, mas louvam a Deus por sua conversão”.
“Ele e sua esposa Maria”, ela acrescenta, “são pessoas maravilhosas e de fé. Eu os admiro muito.”
Arias não se preocupa com a sua segurança, falando publicamente contra o satanismo, e compartilha suas experiências pessoais. Ele vive em uma comunidade diferente, ele observa, e seu envolvimento com o satanismo ficou para trás há 20 anos.
“E, mais importante”, ele diz: “o Senhor está comigo. Com ele, não tenho nada a temer.”

Por James Graves/ Fonte: Our Sunday Visitor/ Tradução: Tonynho Campos

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